Oh, Vem, Emanuel
(Reflexão de Natal)
Eu sempre amei o Estação do Advento, aqueles dias do calendário cristão de preparação para o Natal. Todos os anos aguardo ansiosamente pela oportunidade de celebrar a história épica de como Deus Criador, o Todo-Poderoso, decidiu se limitar e entrar na Sua criação a fim de restaurar o mundo que perdeu seu brilho. Eu amo a história desse Deus tão magnânimo e compassivo que escolheu amar aqueles que se afastaram dEle a ponto de negar a si mesmo e o Seu lugar de direito no universo para vir habitar entre nós neste mundo—mundo que Ele criou, organizou e viu quer era muito bom, mas que nós deixamos sujo, entendiante e sem graça.
A estação de advento sempre foi, pelo menos para mim, uma estação para ecoar as vozes dos anjos, cantando alto e com sinceros agradecimentos:
“Cantai que o Salvador chegou! Acolha a terra o Rei!“[1]
Mas este ano não deu.
Este ano, experimentei um tipo diferente de advento. Em vez de uma estação de luzes brilhando de esperança na escuridão e meu espírito transbordando com a maravilha da glória de Deus, neste ano a escuridão parecia palpável, o quebrantamento deste mundo parecia muito maior do que antes. Neste ano a minha estação de advento foi temperada com perdas — morte, doença, efeitos debilitantes da idade, ódio, violência, decepção, medo. A tristeza, em vez da alegria, obscureceu este tempo, deixando o seu sabor amargo nas leituras diárias do Advento.
Neste ano, estou experimentando o advento do exílio, ansiando pela esperança de um Salvador que a cada dia que passa parece mais um conto de fadas do que uma realidade. Este ano experimentei o advento de uma canção diferente, implorando com lágrimas nos olhos:
Oh, vem, oh, vem, Emanuel! Redime o povo de Israel, que geme em triste exílio e dor…
Oh, vem, rebento de Jessé, e aos filhos teus renova a fé! Que a morte possam dominar e a vida eterna alcançar…
Oh, vem, desejo das nações, dispersa as sombras do temor e as densas nuvens do terror.[2]
Esta não é a estação do advento que estou ansiosa para comemorar. Sinto falta da esperança exultante das vozes de anjos e da promessa de uma estrela milagrosa. Mas, por mais difícil este ano tenha sido, sou grata pelo que o Senhor está me ensinando. Sim, o mundo em que vivemos é muito quebrado e escuro. E sim, eu me pego gritando: “Até quando, Senhor, até quando?” Mas aquela velha história me lembra que, mesmo quando as coisas parecem mais sombrias e a esperança parece distante demais para compreender, a mão de Deus ainda em ação. Emanuel veio: ele chegou onde era menos esperado de uma maneira tão humilde que apenas alguns simples pastores observaram o seu nascimento. Ele veio; e sua vinda mudou tudo.
Por mais sombria que esta temporada possa parecer, não vou perder a esperança. A luz da minha expectativa pode ser fraca, mas não vou deixar que ela se apague. Emanuel virá novamente, e então poderei cantar:
Ele venceu a morte e a dor, baniu a maldição.
As bênçãos vêm do Redentor em régia profusão.[1]
Sei que isso é verdade e, portanto, continuarei apegado a Ele e pondo Nele a minha esperança. Essa é a minha oração neste advento: Não importa que tipo de ano você teve, não importa em que parte do mundo se encontre neste Natal, espero que você também experimente a beleza dessa verdade.
Becky Hunsberger
Serviços de Formação de Professores
TeachBeyond Global
Tradução Raphael A. Haeuser
[1] Hinário para o Culto Cristo (HCC), 106.
[2] Hinário para o Culto Cristo (HCC), 85.
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