Como foi a Conferência para a América Latina?
A Conferência Regional para a América Latina aconteceu nos dias 1 a 5 de outubro, reunindo mais de 300 missionários do TeachBeyond em Canela, Rio Grande do Sul. Somando diferentes expectativas acerca do que Deus faria nesses dias, fomos logo lembrados que o esforço de preparação da equipe, as horas de viagem das delegações mais distantes e todos os sentimentos de (re) encontrarmos amados de tantos projetos de transformação, tudo isso era sobre uma pessoa e para ela: Jesus Cristo! Sentimos um gostinho do que significa crescer juntos a partir dos momentos de louvor quando cantávamos cada um no seu idioma de origem e também através dos grupos centrais, planejados para reunir pessoas em compartilhamento e oração.
Conferência reúne mais de 300 participantes
A Conferência Regional TeachBeyond para a América Latina reúne, do dia 1 a 5 de outubro, mais de 300 participantes nas dependências do TriHotel em Canela. Intitulado “Crescendo juntos: Conferência Transformacional”, o encontro tem o objetivo de criar uma compreensão mais profunda da organização TeachBeyond, no intuito de propiciar uma convivência entre professores ativos provenientes de vários países, em especial da América Latina.
O TeachBeyond é uma organização sem fins lucrativos que trabalha com educação transformadora, e que reúne mais de mil professores em atividade. Cerca de 70 países são servidos pelo TeachBeyond. No Brasil, cerca de 110 professores atuam participando ou coordenando mais de 100 iniciativas educacionais.
O TeachBeyond Brasil, com sede em Gramado, conta com a realização de acampamentos de inverno e verão, atendendo crianças, adolescentes e jovens, bem como com formações teológicas e educacionais. Uma casa de hospedagem também está à disposição das comunidades.
Gramado igualmente será sede do Centro Global para a América Latina, visando atender aos países da América Latina, e demais que tiverem projetos afins.
Segundo a diretora nacional do TeachBeyond Brasil, Juçara Tonet Dini, o evento traduz o cenário de excelência da organização, fomentado por uma alta performance de desenvolvimento organizacional a partir dos serviços globais. A ideia no Brasil é apoiar escolas, instituições acadêmicas, igrejas e comunidades, bem como toda iniciativa que tenha a educação transformadora cristã em perspectiva.A Conferência recebe ainda o presidente do Global, David Durance, bem como os vices Brian Delamont e Howard Dueck, que vêm reforçar os valores da instituição como a humildade, excelência, o amor e a parceria.
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TeachBeyond Brasil: English Camps surpreendem
O volume de trabalho previsto para a organização dos English Camp no País viu mais uma vez sua marca disparar.
Realizados em Goiânia, com Paulo e Juliana Santos; em Brasília, com o apoio de Adriano Caires, e nesta semana em Fortaleza, com Bruno e Fabíola Brandão, e também no país vizinho Uruguai, com Arthur e Pepita Lupion, ganharam força e consolidação.
Segundo a coordenadora dos English Camps no Brasil, Denise Lüdcke, “são 14 norte americanos que aceitaram vir para a América Latina para nos ajudar a realizar os 5 English Camps”.
Um HELP para a humildade
A perguntas foram breves, mas as respostas compartilham reflexões profundas para nós, como peregrinos nesta terra.
Convidamos para conhecer um pouco mais sobre o processo de revisão dos valores do TeachBeyond, através da participação e do olhar de Armando Castoldi, vice-presidente do TeachBeyond Brasil, e um dos representantes do País junto à assembleia-geral do Global.
- Como foi participar do processo de reformulação dos valores do TeachBeyond?
Faço parte, juntamente com o Marcos Reis, que é o nosso presidente do Comitê Global do TeachBeyond, onde o Brasil tem duas cadeiras.
Duas vezes por ano esse Comitê se reúne. Uma vez “on line” e outra presencial, em algum lugar diferente.
Em junho de 2019, foi no Canadá, e ali foi levantada a necessidade de fazermos uma revisão dos documentos fundamentais da organização, dentre os quais a declaração de missão, visão valores.
A ideia seria a de enxugar os textos e melhorar algumas definições, ajustando-as às mudanças que vinham acontecendo na organização, procurando reescrevê-los em uma linguagem que fosse mais compreensível aos diferentes contextos em que a missão acontece.
Dessa Comissão de Revisão, fizeram partes algumas pessoas diretamente envolvidas com a liderança Global, como o David Durance, Brian Belmont e o nosso querido Howard Dueck e, mais o Comitê Global, que é formado por 10 membros de 6 países diferentes (Brasil, República Democrática do Congo, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Canadá e África do Sul).
Em seguida ao nosso Encontro no Canadá, tivemos a pandemia do Covid-19 e foi nesse período, especialmente nos anos de 2020 e 2021 que realizamos essa tarefa, através de um texto base que foi sendo trabalhado no “Microsoft Teams” e em algumas reuniões “on line”.
- Quais são os nossos valores atualmente?
Tínhamos inicialmente nove (9) valores declarados: Fé, Integridade, Santidade, Amor pelas pessoas, Criatividade, Relevância cultural, Simpatia, Parceria com outros e Excelência em mordomia. Participar dessa revisão foi uma experiência muito rica, pois todos esses conceitos foram exaustivamente esmiuçados,e isso me ajudou a compreender muito melhor quem somos, e também conhecer melhor o pensamento dos meus colegas.
À medida que trabalhávamos, parecia que essa lista iria aumentar, mas o alvo na verdade era outro. Foi assim que finalmente elegemos apenas quatro valores fundamentais: Humildade, Excelência, Amor e Parcerias. Em inglês, resultou no sugestivo acróstico, formando a palavra “HELP”: Humility, Excellence, Love, Partnerships. É realmente uma declaração suscinta, mas define com bastante clareza a essência daquilo que somos, ou pelo menos, temos o alvo de ser.
- Por que o valor da Humildade foi tão importante na sua fala? O que o levou a pensar nele?
Eu me empenhei particularmente por incorporar a humildade na nossa declaração de valores, pois entendo que a humildade foi a grande lição que Jesus nos deixou. Me impacta profundamente sempre que leio o texto de Filipenses 2.5-11: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois Ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou (…)”.
A humildade é a primeira bem-aventurança (Mt. 5.30), por ser talvez o maior desafio que temos que enfrentar para preservar a nossa integridade, pois ela toca diretamente na questão mais sensível da nossa espiritualidade, que é o nosso próprio ego.
Na minha caminhada de quase quarenta anos na obra de Deus, tenho visto Igrejas, ministérios e organizações passarem pelas mais diferentes crises. Todos os desafios normalmente são vencidos quando as pessoas são humildes e permitem que Deus lhes mostre o caminho, porém não há ambiente ou organização que resista a egos inflados.
- Pensando no futuro dos ministérios do TeachBeyond, como a humildade deve impactar as nossas escolhas missionais?
Nesse sentido vejo duas questões importantes: Primeiro, porque tanto em termos individuais, quanto como organização, a humildade abre um leque imenso de possibilidades para servir em contextos e circunstâncias que exigem maior renúncia. É recorrente em nossos ministérios estar em falta de algo, sofrer pressões das mais diferentes naturezas, ser contestados e injustiçados até mesmo por aqueles a quem servimos.
A humildade nos permite ir e perseverar.
Segundo, porque não servimos sozinhos e, onde há uma equipe, os egos irão se manifestar e terão que se ajustar. Por isso é de extrema importância que esse sugestivo “HELP”, que começa com a humildade, esteja sempre em nossos lábios, e inculcado em nosso coração, para nos lembrar constantemente que missão é servir, e servir, em essência, é “tirar a vestimenta de cima” e tomar a bacia e a toalha. (Jo. 13.4). Deus nos abençoe!