O Dia da Terra: uma perspectiva cristã

No dia 22 de abril comemoramos uma data não tão conhecida, mas de uma causa muito comentada: o Dia da Terra. Durante a efervescente década de 1960, por meio de manifestações e conscientização política pública, o ex-senador americano Gaylord A. Nelson se destacou como principal promotor deste dia adotado pela ONU. Anos se passaram e as pautas que motivaram essas ações permanecem entre as mais importantes (e urgentes!) para a humanidade, de forma que organizações não governamentais e instituições sociais como a escola e centros comunitários se propuseram a defender didaticamente esse memorial que é o Dia da Terra.

Lembrar é necessário. Sabemos que Deus instituiu o ser humano como cuidador do jardim que Ele criou, assim como sabemos que precisamos cuidar de nossa saúde física e precisamos tomar bastante água. Mesmo assim, muitas vezes esquecemos, ou somos levados por demandas mais urgentes no dia a dia que consomem nossa atenção e prioridades. A escola, como instituição de educação, é fundamental neste processo de colaborar na formação de pessoas conscientes sobre suas necessidades como seres humanos integrados ao meio ambiente. Ao promover atividades periódicas, dias festivos, seminários, pesquisas de campo e vivências extraclasse, o professor está contribuindo para a criação de hábitos relacionados ao cuidado da terra e está fornecendo a ele mecanismos para lembrar (e pôr na agenda!) uma ordenança bíblica.

Apesar de o cuidado com o meio ambiente ser uma questão que se avoluma nas últimas décadas, é a relação de Deus com a terra que nos concede os parâmetros de ação. No Salmo 24:1, o poeta declara: “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem.” Não deveria nos causar espanto o fato de os programas da ONU relacionados ao cuidado da natureza apontarem para a “construção de um paradigma não antropocêntrico” das medidas.[1] Este paradigma já estava estabelecido desde o início dos tempos — porque do Senhor é a terra. Quando entendemos que assim como temos a responsabilidade de zelar pela nossa vida, filhos, alunos e recursos, foi-nos dada uma tarefa de cultivar e cuidar dos recursos naturais durante tempo determinado, também entenderemos que estamos a serviço de Deus ao nos preocuparmos com o meio ambiente.

É maravilhoso pensar em um Deus que nos concedeu fontes diversas de alimento, energia e água, e dispôs com muita criatividade e maestria o planeta Terra para seus habitantes. É preciso, também, pensar em como podemos, hoje, e de forma constante, assumir a responsabilidade pela criação. Se meu lugar é meu mundo, é a partir dele que poderei agir: a sala de aula, a escola em suas instalações e o próprio bairro se transformam em catalisadores de um processo que pode ser lento, mas que deve ser feito. E diante da ação contínua, algumas centelhas podem se destacar a partir disso.


Joyce Melo
Equipe Didaquê
TeachBeyond Brasil

[1] National Geographic

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