Amor: a estratégia de Deus

(série valores)

A Susana passou a manhã toda distraída. Ela não conseguia começar a fazer as atividades de aula e durante as explicações da professora ficou brincando seus lápis de cor e conversando com a colega ao lado. Como Susana era uma aluna comportada, a profe Sílvia chamou até a sua atenção algumas vezes, mas no mais apenas observou e deixou essa situação anormal passar.

No intervalo, a prof Sílvia tinha quinze minutos para descansar um pouco e fazer um lanche. Ela mal dera a sua primeira mordida, quando alguém se aproximou. Era a Susana.

“Profe Sílvia, você poderia me ajudar? Eu não sei como fazer a atividade, e não quero levá-la para casa.”

A reação da profe Sílvia poderia ser “Se você tivesse prestado atenção, não teria esse problema”. Em vez disso, ela largou seu lanche, olhou Susana nos olhos e disse: “Sim, vamos ver o que podemos fazer.” Quando ela terminou, seu intervalo havia acabado. Mas, Susana estava bem.


Isso é amar, a estratégia de Deus. Amar tem a ver com o que é melhor para outra pessoa. Tem a ver com dar de si mesmo, com sacrificar-se de alguma forma tipo. Tem a ver com os milhares de momentos em que os professores demostram o amor de Deus, pois sabem que eles não são merecedores do Seu maior presente para nós. É isso que fazemos por uma criança.

O amor, a estratégia de Deus, é poderoso. Ele quebra barreiras em vidas, culturas e países. Nada pode impedi-lo, pois infiltra-se em corações que estão com fome de alguém que os ame incondicionalmente, esperando nada esperado em troca. É radical em um mundo baseado em transações. É de graça, mas requer sacrifício. Embora você não vai morrer fisicamente, a vida que você entrega é sua e o presente de sua vida em prol dos outros demonstra o amor de Deus.

Ricos e pobres, cristãos e não-cristãos, todos anseiam por esse amor. Os alunos “bons” precisam saber que esse amor não pode ser conquistado ou comprado com notas ou bom comportamento. Os alunos “difíceis” precisam saber que alguém está do lado delas, mesmo que esse amor e carinho seja expresso por meio de disciplina. O amor de Deus percebe as diferentes necessidades de cada um e age de acordo para mudar vidas.

Como um dos valores centrais da TeachBeyond, o “amor pelas pessoas” traz propósito e poder ao que fazemos. Ele orienta as nossas palavras e escolhas tanto na sala de aula quanto fora dela; alinha nosso trabalho diário com Deus, a cada minuto, em qualquer situação ou lugar. O amor é tanto o nosso método quanto a nossa mensagem, é o objetivo da nossa instrução (1Tm 1:5), é como as pessoas sabem que somos seguidores de Jesus (Jo 13:35).

Este tipo de amor agapê não é necessariamente suave e doce, embora possa ser. Esse amor não é o “amor” do mundo que pensa primeiramente em abraços, chocolate ou sexo. O amor de Deus é do tipo que frequentemente age a despeito da outra pessoa, não por causa dela. Deus não amou o mundo a ponto de dar o Seu único Filho porque Ele gostava do nosso mundo pecaminoso, confuso e rebelde. Esse tipo de amor exige força e coragem; não é para os fracos (2Tm 1:7).

O amor, a estratégia de Deus, tem muito mais a ver com escolha e ação do que com sentimentos, embora sentimentos muitas vezes ocorram como consequência. É um amor que se manifesta tanto através abraços e encorajamento quanto através de disciplina e exigências. Ele age a partir daquilo que é melhor para o outro. Trata-se de um trabalho árduo que nos leva ao auto-esvaziamento.

Certa vez, sentei-me com uma equipe de professores da TeachBeyond em um país fechado ao Evangelho para discutir Educação Transformadora com eles. Embora esses professores experientes estejam imersos em um mundo que elimina as respostas fáceis, todos eles argumentaram que o amor como era central para o seu trabalho em sala de aula. Eles também entenderam que a única maneira de amar dessa forma é a partir da própria experiência de ser amado por Deus e transformado por Ele, permitindo que o Espírito Santo os fortaleça.

O começo do amor pelos outros é saber e sentir que você mesmo é amado; é encontrar Deus com freqüência suficiente para começar a entender o amor incompreensível e irresistível que Ele tem para cada um de nós. Afinal, “Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4:19).

Como Paulo nos lembra em Efésios, cada um de nós pode “conhecer o amor de Cristo que excede todo conhecimento, para que vocês sejam cheios de toda a plenitude de Deus” e para que possamos vê-Lo “fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o poder que atua em nós” (Ef 3:19–20). Deus é quem nos capacita a amar os outros. Essa é uma verdadeira boa notícia, e estudantes como a Susana estão contando com isso.

Joe Neff
Diretor Global de Serviços Educacionais & Escolares
TeachBeyond

Traduzido por Raphael A. Haeuser

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