12 Estratégias para Ensinar Online

Para que as oportunidades de educação virtual sejam bem-sucedidas, professores e equipe diretiva devem estar cientes da pedagogia e ferramentas necessárias para que o aprendizado dos alunos continue acontecendo. Compilamos 12 estratégias para ajudá-lo a pensar sobre aprendizagem online, enquanto o prédio da escola física estiver fechado.

1. Conheça a tecnologia a que seus alunos têm acesso e a capacidade deles de usá-la. Se seus alunos não podem ir à escola, ela precisa ir até eles. Em nossos tempos modernos, é fácil presumir que todo mundo tenha acesso à internet, os dispositivos eletrônicos necessários e a capacidade de usá-los adequadamente, embora isso não seja necessariamente uma realidade. É importante saber que tipo de aprendizado online é possível com seus alunos e quais atividades eles podem realizar fora da escola e com pouca supervisão presencial. Além disso, é preciso fazer adaptações justas e razoáveis para aqueles que não conseguirem concluir todo o trabalho online por razões técnicas.

2. Crie um centro de aprendizado online. Na escola física, os alunos sabem onde você pode ser encontrado; o mesmo tem que valer para o ambiente virtual. Eles precisam saber como entrar em contato com você e onde encontrar os conteúdos e atividades da sua disciplina. Se sua escola não tem ou não adotou um sistema de gerencialmento de aprendizagem, você pode criar o seu próprio através de um site, blog, plataforma educacional. Esse centro de aprendizado deve conter o conteúdo essencial (ou links para os mesmos), as atividades a serem feitas, os seus prazos de entrega, como tirar dúvidas, e assim por diante. O importante é que os alunos não precisem se esforçar para encontrar o que precisam fazer e para quando. Sugerimos o uso do Google Classroom (www.classroom.google.com), uma plataforma educacional gratuita e fácil de usar. Para quem preferir montar um site, indicamos o www.strikingly.com ou www.wix.com.

3. Comunique-se com frequência, clareza e consistentemente. Considere como você normalmente se comunica com os alunos e, se possível, use o mesmo espaço e veículo que você usaria quando a escola estava aberta. É isso que os alunos esperam. Se você mandava e-mails ou usava redes sociais, continue fazendo isso. Comunique-se diariamente, mas mantenha suas mensagens focadas, claras e simples em relação ao que você espera que os alunos façam.

4. Se possível, reúna os alunos virtualmente em tempo real. Quando se trata de envolvimento e aprendizado dos alunos, os relacionamentos online são importantes, se não mais do que pessoalmente. Enquanto as escolas estiverem fechadas, os alunos podem se conectar virtualmente em tempo real por meio de ferramentas de bate-papo. Você, como professor, também pode oferecer um horário de atendimento ao público através dessas ferramentas caso os alunos precisem se conectar com você individualmente a fim de tirarem suas dúvidas. Sugerimos ferramentas como Skype ou Google Hangouts.

5. Crie oportunidades de conexão. Se video-conferência não é viável no seu contexto, ainda é possível que os alunos tenham algum tipo de conexão de forma assíncrona através de fóruns ou ferramentas de discussão da sua plataforma educacional, site ou blog (ver ponto 2). Provavelmente nem todos os alunos conseguirão estar online ao mesmo tempo, por isso, fóruns ou ferramentas de discussão podem ser usadas para facilitar a interação dos estudantes durante um período determinado. Poste um texto, podcast ou video, e dê aos alunos um prazo definido para comentarem e responder uns aos outros. Para projetos em grupo, os alunos podem aproveitar ferramentas como o Google Drive para poderem colaborar quando puderem dentro do prazo limite.

6. Quando se trata de conteúdo, seja um curador, e não uma “caçamba”. Considere a quantidade de conteúdo que você entrega, selecionando criteriosamente o que você passa. Quando despejamos muitas informações sobre uma pessoa ao mesmo tempo, trabalhamos contra o seu cérebro, pois há limites cognitivos sobre o quanto conseguimos absorver de uma só vez. Quando recebemos informações demais, nosso cérebro precisa ignorar boa parte delas para processar o resto. 

7. Pense criativa e estrategicamente sobre avaliação. A avaliação é um dos aspectos mais desafiadores para professores iniciantes no aprendizado online. Uma maneira eficaz de verificar o entendimento da educação não-presencial é usar avaliações diagnósticas assíncronas. Você pode usar o Google Forms para criar testes rápidos com questões objetivas ou provas com respostas completas. Para avaliação formal em um contexto online, talvez o melhor seja através de projetos, em que os alunos realizam individual ou colaborativamente tarefas de redação, produzem infográficos, fazem apresentações gravadas ou em tempo real por videoconferência.

8. Seja intencional e explícito quanto ao tempo e ritmo de trabalho. Crie planos semanais concisos e organizados para seus alunos, com prazos e explicações claras sobre o que fazer. Você pode fazer isso através da sua plataforma educacional ou de uma tabela simples em um documento. Esteja atento ao volume e ao ritmo. Se você e seus alunos são novos no aprendizado online, todos precisarão de um tempo extra para aprender a encontrar as coisas e saber fazê-las bem. Provavelmente é melhor dar menos tarefas que exijam mais dos alunos do que sobre carregá-los com um monte de tarefinhas.

9. Peça feedback aos alunos. Uma pergunta comum na educação virtual é: “Como vou saber como os meus alunos estão?” Na sala de aula convencional, os professores estão constantemente prestando atenção aos alunos e respondendo às suas necessidades implícitas e geralmente de forma inconsciente. Já em uma configuração online, é importante planejar canais de comunicação para receber o mesmo tipo de feedback. Além de acompanhar a participação dos alunos nas discussões virtuais e a entrega de tarefas, seja intencional em saber como e se aprendizado está de fato acontecendo. Duas perguntas simples para começar: O que está funcionando para você nesse modo de aprendizado? O que não está funcionando? Você pode usar o Google Forms, outra ferramenta de pesquisa ou simplesmente um e-mail com essas perguntas. Ouça o que os alunos dizem e faça ajustes no seu planejamento, conforme necessário.

10. Reconheça a importância do apoio ao estudante. O apoio do estudante em espaços virtuais é diferente do apoio que lhe damos no prédio da escola física. Precisamos de outros mecanismos para garantir que os alunos “venham para a aula”. Crie momentos ao longo da semana em que os alunos “apareçam”, entregando uma tarefa, encontrando-se com você ou com colegas, ou contribuindo para a discussão online.

11. Mantenha os pais informados. Reconheça que os pais estão num papel novo, em que seus filhos são seus alunos, e consequentemente vão precisar de ajuda para gerenciar o aprendizado online. Afinal, se os alunos são novos no gerenciamento de seu próprio aprendizado, os pais provavelmente também vão precisar de ferramentas para apoiar seus filhos/alunos. Além dos canais que você já utilizava para se comunicar com os pais, crie caminhos novos. Seja simples e claro na sua comunicação.

12. Conecte-se com colegas e compartilhe estratégias que funcionam. Seja intencional em permanecer conectado com os seus colegas, não apenas para comunicar informações, mas também para apoio mútuo. Compartilhe estratégias específicas que estão funcionando. Use as mesmas ferramentas que você usa para trabalhar com os alunos para ensinar seus colegas como estruturar experiências de aprendizado. Se você ainda não tem reuniões virtuais com outros professores, considere hospedar uma reunião virtual com colegas interessados.


Equipe Didaquê

Traduzido e adaptado de https://globalonlineacademy.org/insights/articles/15-strategies-for-online- learning-when-school-is-closed

 

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