Quando é tempo de “afastar-se de abraçar”

No livro de Eclesiastes, o pregador afirma que “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3:1), e segue descrevendo o tempo (a vida) através de pares de opostos: “há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar…” (Ec 3:2,3).
Como bem sabemos, a vida é muito mais do que um mero hiato entre o nascer e o morrer, pelo contrário, é inevitavelmente marcada pela constante alternância de tempos. Alguns são bons, saborosos e gostaríamos que eles durassem para sempre. Mas não duram, pois chega o “tempo difícil”, amargo e doloroso, sem aviso prévio, sem pedir licença para o “tempo bom” e se instala em nossas vidas.
Esse tempo difícil que estamos enfrentando, nos afetou de muitas formas, dentre elas, determinou que é “tempo de afastar-se de abraçar”. Distanciados uns dos outros, estamos privados daquilo que nos era tão comum, tão corriqueiro e tão caro: a presença amiga, o aperto de mão, o abraço caloroso, o beijo fraterno.
E já que há “há tempo para todo propósito debaixo do céu”, que esse tempo difícil nos ensine. Quando tudo isso passar, que nossos abraços sejam mais apertados, os nossos encontros sejam mais valorizados, a nossa comunhão mais sincera.
Um abraço (virtual) e caloroso a todos! Na esperança e na expectativa de que o Senhor do tempo, mude logo a nossa sorte, e nos traga de volta o precioso “tempo de abraçar”.

Em Cristo
Pr. Adriano Caires

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