3 Ideias Práticas para Navegar uma Pandemia sem Perder a Fé

Trinta e um cantores profissionais de Nashville reuniram pelo celular para gravar o hino Sou Feliz com Jesus[1]. Sua poderosa apresentação proclamando a paz de Cristo durante esses tempos incomparáveis ​​do Covid-19 tornou-se uma sensação na Internet. A história por trás da letra pode ser a razão da popularidade atual desse hino: Horatio Spafford escreveu as palavras no próprio local no Oceano Atlântico, onde suas quatro filhas morreram afogadas. É um hino que expressa uma fé profunda e reconfortante, uma canção para pessoas entristecidas, lembrando-as da esperança de Cristo, que é nossa fonte verdadeira e permanente de paz.

Por mais reconfortante e verdadeiro que seja esse hino, não é o que eu escolheria para a crise do COVID-19. A letra omite algumas mensagens bíblicas importantes sobre dor e sofrimento para o aqui e agora, como o consolo de saber que Jesus se identifica completamente com o nosso sofrer porque como ser humano, Ele também sofreu e se entristeceu. Ao chorarmos em oração, Aquele que nos escuta simpatiza conosco como um companheiro de sofrimento. Jesus consolou os que sofrem e orientou ao corpo de Cristo a ir e fazer o mesmo.

Jesus também aliviou o sofrimento e a opressão. Como Seus seguidores, não devemos nos submeter passivamente ao destino ou à morte. Somos portadores da imagem de Deus, encarregados de cuidar da criação, a fim de fazer Sua vontade tanto na Terra como no céu. Devemos estar pesquisando curas para doenças, desenvolvendo vacinas, cuidando dos doentes, transformando a indignação justa em busca de justiça e esforçando-nos para melhorar a vida das outras pessoas como respostas bíblicas ao enfrentamento do sofrimento e da opressão. Isso tudo está firmado na paz de Deus que ministra às nossas almas.

O que isso significa para nós no contexto de ensino e aprendizagem? A seguir apresento três ações práticas a serem consideradas por educadores, pais e discipuladores:

  1. Ofereça oportunidade para as pessoas expressarem suas emoções, mesmo as negativas como tristeza, medo, decepção, dúvidas e raiva.
    • Processe as decepções de experiências e evento que não puderam ser realizados. Nem todas as perdas são tangíveis, já outras podem ser difíceis para ser identificadas ou descritas, mas isso não diminui o impacto que causam na nossa vida.
    • Encoraje as pessoas a escrever sobre os tópicos acima ou a começarem um diário.
    • Compartilhe blogs ou podcasts relevantes como parte do seu programa de ensino ou discipulado, e pergunte o que eles acharam.
    • Promova discussões em grupo sobre esses tópicos, apropriadas à idade de cada um.
    • Compartilhe com os alunos ou discipulandos as suas próprias orações, percepções, louvores, emoções e vulnerabilidades.
    • Comunique sua disponibilidade para ouvir enquanto os alunos processam perguntas e pensamentos difíceis. Seja uma pessoa segura.
  2. Ofereça oportunidades proativas para os alunos fazerem a diferença.
    • Encontre maneiras seguras para as pessoas servirem a escola ou a comunidade local durante a pandemia. Isso pode ser ajudar estudantes mais novos a fazerem as atividades escolares através da internet ou arrecadar doações para bancos de alimentos na sua cidade. Lembre-os alunos que a oração intercessória em si é um serviço à comunidade.
    • Sugira aos alunos que reinventem os eventos cancelados que estavam antecipando: festas culturais, recitais de música, apresentações de dança ou teatro, noites de talentos, competições esportivas, etc.
      Participe e peça aos seus que participem de ações comunitárias, como palmas para os profissionais de saúde, e ofereça oportunidades para compartilharem suas experiências.
  3. Abrace as disciplinas espirituais.
    • Desafie a si mesmo e seus alunos, filhos ou discipulandos (no nível apropriado de desenvolvimento) a usar esse tempo incomum para praticar mais disciplinas espirituais. Você mesmo pode estudar as disciplinas ou liderar um pequeno grupo.
    • Selecione passagens das Escrituras para orarem em conjunto. Escolha passagens que abordem uma ampla gama de respostas, desde reconhecer necessidades emocionais, pedir arrependimento ou reconhecer a presença e soberania de Deus.

Por fim, ao passarmos por essa pandemia, lembre-se de que o estresse tem um efeito cumulativo. A represa pode romper bem depois que pensamos que as coisas tenham se resolvido. Ao cuidar daqueles que estão aos seus cuidados, oro para que você também descanse no cuidado de nosso Deus, pois a fé é 100% terapêutica tanto agora quanto no tempo que virá.



Helen Vaughn
Consultora Sênior para Educação Transformadora
TeachBeyond Global & CATE Centre (Centro Cristão para o Avanço da Educação Transformadora)

[1] Este hino pode ser encontrado no HCC (Hinário para o Culto Cristão), número 329.

Foto por Sebastián León Prado.

 

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