Uma celebração mundial


TeachBeyond tem membros servindo em ministérios educacionais em mais de 70 países diferentes. E embora cada país tenha suas próprias línguas, culturas e histórias únicas, todos nós adoramos o mesmo Deus. Faltando apenas algumas semanas para o Natal, vejamos como o nascimento de Cristo é comemorado pelos membros do TeachBeyond em todo o mundo.

Na África do Sul, os membros do TeachBeyond iniciaram uma organização que ajuda a levar presentes e boa vontade aos membros atingidos pela pobreza de sua comunidade. A organização dá presentes de Natal para lares carentes e em conjunto com orfanatos locais. Este ano, a esperança deles é compartilhar uma ceia de Natal com o orfanato também.

Na Espanha, um membro me disse que o Natal é comemorado mais no nível comercial, embora a maioria das pessoas celebre os dias 24 e 25 com suas famílias. A maior celebração é em 6 de janeiro para o Dia dos Reis Magos. Até os espanhóis que não professam o catolicismo comemoram este dia, principalmente para as crianças, com desfiles e visitas de pessoas fantasiadas de 3 reis trazendo presentes.

No Brasil, árvores de Natal, presépios e guirlandas ocupam espaços nas casas e nas ruas. As igrejas piscam com luzes coloridas e piscantes. A comemoração do nascimento de Jesus é algo especial e muitas famílias recontam histórias bíblicas nessa data para seus filhos. Quando celebramos a ceia de Natal, logo após a troca de presentes, ainda na noite do dia 24. Como dezembro é o auge do verão, o clima natalino também é bem diferente! As crianças aguardam ansiosamente o momento da troca de presentes e, em algumas famílias, o “Amigo secreto” é algo muito tradicional. A partilha das refeições vai além do dia 24, e são muitas as famílias que se reúnem para almoçar no dia 25 de dezembro. Os pratos? O que sobrou da noite anterior, é claro! A comida típica natalina inclui panetone, arroz com passas, vinho, Chester e para sobremesa cada família tem seus pratos tradicionais.

O comunismo reinou na Albânia desde o final da Segunda Guerra Mundial até 1991. O regime estrito impôs o ateísmo e silenciou o Natal. Como tal, as tradições de Natal foram colocadas no Ano Novo. Não uma árvore de Natal, mas uma árvore de Ano Novo. Não Papai Noel, mas vovô ano novo. Presentes foram dados e uma grande refeição foi desfrutada, mas não na véspera de Natal, mas na véspera de Ano Novo. Foi apenas nos últimos 10 anos que essas tradições se estenderam lentamente para capturar o Natal também, mas não com nenhum pensamento sobre o nascimento de Cristo. Claro, isso é diferente nos lares cristãos, onde há uma tentativa de “recuperar” o Natal. Uma maneira de mostrar a importância de um feriado em detrimento de outro é quando o Bakllava é feito e servido. Os lares cristãos começam agora a servir esta sobremesa tão especial e tradicional no dia 25 de dezembro, enquanto aqueles que não seguem a Cristo ainda a guardam para o Ano Novo.

Nas Filipinas, o Natal é uma grande festa! Decorações e músicas de Natal começam a aparecer em primeiro de setembro e os aplausos duram até a Epifania. Shows e exibições de luzes em movimento aparecem em todos os lugares: em casas, postes de iluminação, sinais de trânsito, em shoppings e transporte público. A decoração mais comum é o Parol, que significa lanterna ou luz. Simboliza a estrela de Belém e é tradicionalmente feito de bambu e papel transparente aceso com uma vela. Embora existam muitas festas e comemorações, o dia 24 de dezembro, “Noche Buena”, costuma ser o maior de todos.

Não importa onde você esteja, TeachBeyond deseja a você um Feliz Natal. Que todos possamos celebrar a Glória do nascimento de Jesus e usar este feriado para trazer alegria ao mundo.

por David LeGault, Communicação TB Global
tradução Amanda Vanoni, Comunicação TB Brasil

Post original aqui

Frutos e a Missão

O missionário Jacinto Teixeira, responsável pela manutenção das instalações da base em Gramado, também cuida de uma horta e dos jardins.
Assim como crescem as bençãos no TeachBeyond Brasil, florescem em nossos jardins as flores e os frutos que Jacinto e sua linda família cultivam entre nós!
Recentemente, a diretora nacional, em visita à sede em Gramado, recebeu de presente de Jacinto uma moranga, “enorme”, por ele colhida na horta. Ele afirmou: “Esta moranga é fruto das primeirss sementes trazidas e plantadas pela família Vichel. Guarde as sementes quando abrir a moranga, e traga-as de volta”, recomendou Jacinto.
“Levei a moranga para casa, e um tempo para repartir, compartilhar e consumir. Sentimos o fruto Vichel chegando às nossas famílias”, contou Juçara Tonet Dini, diretora nacional.

INESPERADO

Os frutos permanecem. Em uma visita do missionário Darwin Hernandes, do TeachBeyond Uruguai, à casa de Juçara, em Caxias do Sul, narrou-se a história e Juçara deu algumas sementes para Darwin levar ao Uruguai e plantar na sede lá.
E aconteceu. Darwin enviou as fotos da colheita, e dos frutos crescendo. Assim tem sido com a Missão. Alguns plantam, alguns regam, alguns colhem, alguns semeiam de novo, alguns regam, alguns colhem de novo. Precisamos uns dos outros para permanecer, e crescer!

Como foi a 2º Pré-Conferência TeachBeyond para a América Latina?

Nos dias 3, 4 e 5 de novembro, aconteceu em nossa sede a 2ª Pré-Conferência TeachBeyond para a América Latina. Estiveram em Gramado/RS missionários de todas as regiões do Brasil, bem como líderes do TeachBeyond de diversos países da América Latina, além de membros do TeachBeyond Global.

Foram duas as principais atividades realizadas: o Treinamento de Liderança, com Matt Coe e Jennifer Rymer, e a Assembleia Geral do TeachBeyond Brasil, que contou com a presença de David Durance, o presidente do TeachBeyond Global.

Matt e Jennifer nos trouxeram diversos princípios e ferramentas úteis para o trabalho em equipes, com foco em líderes que trabalham com um grupo multicultural. Os períodos de palestras eram sempre intercalados com momentos de reflexão e discussão em pequenos grupos, o que auxilia no aprendizado e ainda fortalece os vínculos entre os presentes.

Entre os momentos de treinamento, os participantes tiveram também tempo de conhecer alguns pontos turísticos de Gramado e Canela. No tempo livre e durante as refeições, muitas amizades puderam ser desenvolvidas, e muitos sonhos a respeito daquilo que Deus pode fazer na América Latina, através do TeachBeyond, foram compartilhados.

Entre esses sonhos, está o Centro do TeachBeyond Global para a América Latina. A participação de David Durance na Assembleia Geral, compartilhando com membros e missionários a respeito disso, demonstrou o grande desejo das nossas lideranças de sempre caminharem junto de toda a equipe.

Agradecemos ao Senhor por tudo o que Ele fez nesses dias, por cada pessoa que esteve conosco, por cada abraço dado e por cada palavra de encorajamento ouvida. E esperamos, ansiosamente, por quando estaremos juntos novamente, com muitos outros que não puderam estar conosco nesses dias, na Conferência TeachBeyond América Latina, que ocorrerá em outubro do ano que vem.

Técnicas de Cria Atividade – Encontro Formativo TeachBeyond com Lucca Aurich

Quem nunca se deparou com a instigante missão de propor uma programação com atividades dinâmicas e divertidas? Lucca Aurich, missionário do TeachBeyond Brasil trará técnicas em um encontro formativo online. Este encontro pretende dar algumas dicas sobre os primeiros passos que devem ser dados nessas realidades ministeriais e também aprofundar os conhecimentos e as técnicas na área de Programação, Criatividade e Atividades.

Em 14/11 foi apresentado alguns princípios e noções básicas que devem ser levadas em conta quando você for montar uma programação de retiro, acampamento, grupo de jovens ou até de evento dentro de sua própria igreja local.

No dia 21/11 falaremos brevemente sobre o processo criativo e aprenderemos algumas técnicas que foram disponibilizadas pelo professor de Criatividade da KeepLearning School Murilo Gun. Veremos como algumas delas podem se aplicar em nossos contextos de forma prática

Já no dia 28/11 trabalharemos um pouquinho sobre o aspecto da personalização e utilização de temáticas atreladas a grandes jogos, jogos temáticos e “jogos ensinantes”. Como trabalhar esse processo de personalização e como se utilizar do processo criativo dentro dele.

Ainda em progresso está uma surpresa que provavelmente se desenrolará no dia 05/12 (em caráter opcional) no mesmo horário das anteriores.

Inscreva-se e participe!
https://forms.gle/78YCwQMDCnZyoVSbA

Acamp-Serra retorna com Acampamento de Aventura para maiores de 18 anos

Uma aventura emocionante e cheia de desafios! Conhece alguém que toparia esse desafio?
Depois de tantos posts saindo sobre a temporada de verão de 2023 inúmeros pensamentos vem passando na cabeça que vão desde “puxa, mas eu queria muito ir como acampante” até “meu filho não tem mais idade o suficiente para participar”. Então, fica mais um pouquinho e vem com a gente que vamos te explicar melhor a nossa proposta sobre o Acamp Aventura.

A ideia do Acamp Aventura surgiu a partir da necessidade que muitos jovens sentiam de ter um tempo de qualidade entre amigos e conexão com Deus, mas achavam que essa comunhão seria impossível por conta da idade. Foi então que pensamos fazer uma grande harmonia e transformar esse desejo em realidade. Surge então um acampamento de aventura proposto para jovens maiores de 18 anos, que tem como objetivo fazer com que o participante saia da zona de conforto para se descobrir, se relacionar com Deus de forma intensa e que o desafie a buscar ainda mais a Deus! Aqui a aventura é posta em jogo a todo momento, assim como acampar em barraca, fazer a sua própria comida, trilhas, rafting e dentre outros.

Achou interessante ou conhece alguém que se interessa? Não perderia por nada esta oportunidade? Corre, pois as vagas são super limitadas, apenas 10 pessoas. Se liga para não perder a data, essa aventura acontecerá nos dias 10, 11, 12 de fevereiro de 2023. Tendo um valor de R$350 por cada inscrição.

Mais informações através diretamente aqui no linktree do Acamp-Serra: https://linktr.ee/acampserra

Whatsapp do Acamp: 54 54 9702-6350
Email: acampamento@acampamento.org

Entrevista com Daniel Reis por Nossa Chima, a revista online do STG

O Seminário Teológico de Gramado, que acontece na base do TeachBeyond Brasil, anualmente realiza um Encontro de Pastores e Líderes. Nesse ano de 2022 recebeu Daniel Reis, pastor responsável pela área de aconselhamento na Igreja Batista Memorial em São Paulo. Confira abaixo o texto que foi para a revista online do STG, a Nosso Chima.

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Estivemos como Seminário conhecendo mais e ouvindo o Pr. Daniel Reis durante o final de semana de Encontro de Líderes e Pastores, aqui na instituição. Muitos de nós, jovens ou novos aqui na região, ainda não o conhecíamos e estávamos apenas com as informações gerais em mãos: há 50 anos casado com Maud Reis, com o mesmo tempo de ministério, a maior parte destes anos dedicados ao pastoreio. Hoje, um pastor experiente que cuida e trabalha com mentoria de líderes.

Mas, na verdade, ele já conhecia este lugar e muitas das pessoas que estavam aqui. Já tinha sido colega de trabalho de alguns, conselheiro de outros, parceiro de ministério. Com 74 anos, filhos e netos, já acumulou uma boa dose de vida — em uma dessas estradas conheceu a família Janz Team e o trabalho que desenvolviam aqui na Serra Gaúcha.

Chegou a atuar na diretoria do então Janz Team (hoje vinculado ao TeachBeyond Global), lecionou matérias para o Seminário e participou de muitas ações por aqui na época, quando também era pastor na Primeira Igreja Batista de Porto Alegre (Conde). Hoje, Daniel Reis serve na Igreja Batista Memorial como pastor.

A partir de algumas perguntas iniciais, gostaríamos de compartilhar com você a entrevista realizada nesse período.

Daniel, muito obrigada por aceitar nosso convite para essa entrevista. Temos ouvido bastante sobre liderança espiritual e ministério pastoral e queríamos saber como foi o seu processo decisório para seguir essa vocação!

Bom, meu pai era um homem muito habilidoso com a madeira. Nós tínhamos uma oficina com algumas máquinas e alguns funcionários. Os trabalhos que ele fazia eram muito bons e eu aprendi desde cedo a fazer peças de madeira com meu pai. Mas quando eu tinha 15 anos, meu pai teve um derrame cerebral e veio a óbito. Foi uma circunstância muito difícil, porque além do luto, tivemos que vender a oficina, despedir os funcionários e não ficamos com muitos recursos.

Nossa família teve que se virar muito cedo e todos nós trabalhávamos com o que podíamos. Foi exatamente nesse contexto que Deus me chamou para o ministério. Eu pensava: “Como vou para o ministério com a necessidade de ajudar minha mãe?”

Queria falar algo sobre a minha mãe, antes. Ela era uma mulher muito crente. Muito crente. Quando, no início da adolescência, tive alguns episódios de rebeldia infantil, lembro ela falando: “você pode voltar de noite a hora que quiser, só que enquanto você não voltar, eu vou estar ajoelhada na minha cama, orando por você.” Digo uma coisa para vocês: pouca coisa na vida é tão forte quanto a oração de uma mãe!

Voltando à nossa circunstância naquele momento na vida, mesmo com a fé muito forte em Deus, me surpreendi quando minha mãe disse sim para a ida ao seminário e me deu a maior força. Nós não tínhamos como pagar, mas ela confiava que Deus iria sustentar. E foi assim! Durante o tempo de seminário trabalhei bastante na marcenaria e lavei muita panela, mas não fiquei devendo nada!

Queria falar algo para vocês: é de enorme valor seguir o ministério com a bênção dos pais!

Quais são suas maiores inspirações em termos de ministério? Podem ser pessoas ou instituições.

A primeira instituição que me marcou foi a igreja local. A segunda foi a instituição Palavra da Vida, na questão sobre chamado e entrega. A terceira foi a missão que trabalhamos no alcance aos judeus, junto com a APEC (Aliança Pró-Evangelização de Crianças), o Janz Team (atual TeachBeyond Brasil) e a MEVA (Missão Evangélica da Amazônia).

Quanto a pessoas, Davi Kocks e sua esposa, que me acompanharam durante o seminário e me ensinaram muita coisa! Roberto Brennan, professor de missões judaicas, do qual sou amigo até hoje e a amizade se estendeu à nossa família. Outra grande influência foi o Dr. Shedd, uma grande influência acadêmica e depois de nos conhecermos mais, uma pessoa como um todo importante para mim. Muito gentil, respeitoso e atencioso. Por último, o Jaime Kemp!

Você se via trabalhando com mentoria para líderes? O que lhe despertou para essa necessidade?

Comecei a trabalhar com mentoria na Igreja Memorial com a equipe de tempo integral, que hoje são cerca de 35 pessoas.

Mas uma conferência me marcou, especialmente. Fui junto com outros líderes para uma conferência perto de Campinas em que John MacArthur falou muito sobre a necessidade de um colegiado de pastores, de como no Novo Testamento não se viam pastores trabalhando sozinhos. Ali fomos desafiados poderosamente a treinar líderes para assumir responsabilidades nesse sentido e com ele aprendi a investir na liderança local. Alguém precisa pastorear os pastores!

Então, quando fomos para São Paulo, já naquela época meu principal ministério era ser líder de grupos pequenos, e depois me dediquei mais à mentoria e à pregação.

Queria que você nos contasse uma coisa que traz “pés sujos” para a “terra santa” (referência ao tema do encontro), dentro do ministério pastoral.

Talvez o maior problema que os pastores enfrentam seja na interrelação com a igreja. A igreja acha que eles são os patrões dos pastores, e isso é errado. Os pastores não são empregados da igreja: eles são empregados de Deus a serviço da igreja, para exercer um ministério que vem de Deus.

Do lado do pastor, ele acha que é o dono da igreja, e não é. O dono da igreja é Jesus. Essa é uma luta de vaidade, de egocentrismo, do “meu rebanho”. O contrário que é verdade: você é que pertence àquela igreja, você não é o dono dela. A igreja é de Cristo e o pastor é de Cristo!

No seu acompanhamento de líderes, quais você observa que são as maiores diferenças de fazer liderança na nossa geração? (Dificuldades, ganhos, etc).

Eu olho hoje em dia para esta geração de pastores e vejo um conceito diferenciado de divisão de tarefas. Por exemplo: os casamentos estão mais perto do que a Bíblia ensina quanto ao compartilhamento de tarefas, mais que na minha época. Dividem dinheiro, projetos, tarefas. Nesse sentido, treinar liderança é mais fácil hoje em dia.

Vejo também que o conceito de liderança de hoje é mais diferente, mais suave, mais na ideia de influência. Na minha época era mais uma questão de guia, de pessoa que vai na frente. Hoje tem muito a ideia de delegar, de dividir tarefas. Mas treinar subordinados é fácil de fazer, agora treinar para ficar no seu lugar, é outra coisa!

“Delegar tarefas ou dividir poder?” — esse é um estudo que tenho. O primeiro é uma espécie de gerenciamento, de coisa que o homem faz. Mas o que Deus faz é formar líderes espirituais, com poder espiritual. Não é administrativo, não é relógio suíço. É preciso poder de Deus, do Espírito Santo! Treinamento espiritual.

Como você percebe que deve ser a preparação para o pastoreio?

Caráter, conhecimento e competência. Nessa ordem. Às vezes os seminários dão muita importância para o conhecimento… o ministério de mentoria, para mim, visa ao caráter, que é um projeto de vida. Mas o conhecimento também é muito importante! O pastor precisa aprender, estudar, adquirir novos conhecimentos para ensinar aos outros. Ele também precisa da competência para saber fazer. As 3 coisas precisam existir. Vai haver diferenças de um pastor para o outro, mas todos precisam buscar desenvolver as três áreas.

Em um colegiado de pastores, o pastor titular é um líder forte, com tendência a centralizar, mas que precisa dar espaço para você criar e crescer. Ele geralmente pede resultados, mas tem que dar espaço para isso acontecer também.

No seu relacionamento com líderes de diferentes contextos e faixas etárias, quais você diria que seriam os maiores perigos para alguém que está no ministério?

A principal tentação de um líder é ele trabalhar em função do sucesso. Não do frutificar, mas da fama, do crédito, do reconhecimento público. O sucesso não pode vir antes do coração e essa é uma grande dificuldade.

A outra é a amizade. Por que? Porque se você coloca suas convicções atreladas às amizades, você corre grandes perigos. Fica difícil repreender os amigos, fica difícil discordar deles. É um perigo.

Como fugir disso?

Ache alguém mais experiente, de confiança, com quem possa compartilhar. Outra forma é ler livros sobre o assunto.

Se você pudesse nos indicar alguns materiais (livros, filmes) que nos levam a refletir sobre liderança, quais seriam eles?

Filme: O advogado do diabo, porque mostra exatamente o que o diabo faz; é interessante para perceber como resistir às tentações.

Livros: Jenny Edwards — Os três reis; Phillip Yancey — Deus sabe que sofremos; Evelyn Christenson — Ganhando através da perda; Josh McDoweell — Mais que um carpinteiro; A mensagem — Eugene Peterson; O discípulo — Juan Carlos Ortiz; Oração — Edwin Orr; O cristianismo no banco dos réus — Collin Chapman

Autores em geral: C.S. Lewis, Max Lucado (devocional), John MacArthur, John Stott, Francis Schaeffer. Russell Shedd, Augustus Nicodemus, Hernandez Dias Lopes e C. I. Scofield (sobre escatologia).

Muito obrigada por este tempo compartilhando conosco! É um privilégio poder aprender com você!

Entrevista conduzida por Joyce Melo no dia 02 de setembro de 2022, na sede do TeachBeyond Brasil, em Gramado.

*O conteúdo deste texto é de responsabilidade de seu(s) autor(es) e colaboradores diretos e não reflete necessariamente a posição do TeachBeyond Brasil ou de sua equipe ministerial.

Thanks to Luiza Cristina Zagonel

Inscrições abertas para estudar no Seminário Teológico de Gramado

As inscrições para o Live 2023 já estão abertas! Mas… você sabe o que é o Live?

O Live é um programa do Seminário Teológico de Gramado – STG. Nele, jovens cristãos recebem uma formação teológica e ministerial que os ensina a pensarem biblicamente. Nosso objetivo é auxiliar esses jovens a terem uma vida cristã íntegra, com um conhecimento bíblico acima da média, a fim de que sejam testemunhas fiéis onde quer que estejam.

Durante o tempo no Live (que pode ser 6 meses ou 1 ano), os alunos têm aulas de teologia com homens e mulheres verdadeiramente comprometidos com a igreja de Cristo e engajados ministerialmente. Eles também recebem capacitação ministerial e oportunidades de servir em igrejas locais e projetos sociais. Além disso, o Live é também a porta de entrada para a graduação livre em teologia do STG, com duração total de três anos.

O programa é presencial, o que significa que os estudantes residem na sede do TeachBeyond Brasil, em Gramado/RS, e convivem com os missionários que trabalham no local. Mas eles não passam o tempo todo aqui, não! Ao longo do ano, os alunos participam também de viagens missionárias em diferentes contextos, colocando em prática aquilo que aprendem na sala de aula.

Confira o testemunho de uma das alunas deste ano e venha vivenciar essa experiência incrível conosco em 2023!

 Eu sou a Maria, tenho 19 anos e sou da Primeira Igreja Batista de Caxias do Sul. Certamente o ano de Live foi uma novidade singular, um renovo do Senhor e um aprendizado fundamental que marcou profundamente a minha vida em diversos aspectos. Foi a primeira vez que eu saí de perto da minha família e da minha igreja local para estudar e viver em um contexto diferente do meu, o que me desafiou muito. Precisei tomar decisões e ter novas responsabilidades, enquanto aprendia sobre novos universos que eu ainda não havia explorado a fundo, como morar e conviver com pessoas que eu não conhecia e estudar teologia com mais profundidade. Este tempo foi e tem sido muito especial para a minha caminhada de conhecimento bíblico, pois tenho aprendido a cultivar diariamente um relacionamento profundo com o Pai, e muito além de falar de Jesus eu preciso e quero viver com Ele e ser exemplo àqueles que estão à minha volta. O ano de seminário me possibilitou conhecer mais do mundo e entender quem eu sou em Cristo, além de me proporcionar vivências que me fizeram refletir sobre o que eu quero para o meu futuro e ter um novo olhar para as pessoas à minha volta, buscando amar como Jesus amou, fazer a vontade dEle e glorificar o Seu nome em meu viver.


Um testemunho de como foi o Acamp de Jovens do Acamp-Serra por João Machado

Meu nome é João Machado e vou contar como foi a experiência do Impulso para a minha vida. Cerca de 90 jovens se reuniram no Acamp Serra em outubro. Ainda com a saudade no coração, quero relatar um pouco do que vivemos, refletimos e aprendemos nesses dias. 

É bom fazermos questionamentos profundos, ora ou outra. Vivemos em um mundo em que temos respostas para várias questões. Fazemos isso todos os dias nas redes sociais. O que acontece é que parece que as mesmas indagações continuam perseguindo nossas mentes: Quem sou eu? O que é a verdade? É suficiente? Essas três foram provocadas pelas palestras. Podemos saber muitas informações mesmo sem refletir sobre isso, . Mas, no fundo, no nosso coração, não há nenhum conforto ou tranquilidade. Como resumiu bem nosso palestrante:

“O dilema principal da vida é descobrir aquilo que você ama”

(Guilherme Iamarino)

O acampamento foi uma caminhada em quatro pilares para sustentar respostas sinceras a essas perguntas. 

Primeiro, fé. A fé é um assunto quase esquecido no pós-modernismo. Somos influenciados a pensar que ela não é necessária. O Guilherme trouxe uma visão interessante e provocadora. Jesus e seus amigos e discípulos foram confrontados pela afirmação “Homens de pouca fé”, ao temerem a maré. Eles tiveram medo.

Você já sentiu medo?! Não só aquele medo que você deveria mesmo temer. Mas um medo que você mesmo criou. Uma ansiedade irracional que você acreditou. Fomos de cara, confrontados com essa pergunta no primeiro dia. 

Temos medos irracionais e medos racionais. Os irracionais podem ser a respeito do julgamento dos outros, do futuro ou mesmo a culpa sobre o passado. 

O antídoto contra o medo, então, não é tanto a coragem, mas a fé.


“A fé ajusta os medos, porque a fé correta ajusta meu coração para o lugar certo.”

(Guilherme Iamarino)


Não é apenas sobre sentimentos, mas sobre no que e em quem acreditamos: o que amamos. Quem somos está relacionado ao que amamos.

É por isso que todas as coisas podem ser bem redirecionadas. Podemos colocar os aspectos da nossa vida no local correto. O medo também. Temer aquilo que o Criador de tudo nos diz para não temer não é a direção certa. Mas temer ao Senhor sim. Deus supera nossos medos. Crer nEle é suficiente. Nem sempre sabemos tudo sobre a realidade. Por isso que o Guilherme afirmou “O convite do cristianismo é adentrar o desconhecido certo de que Deus é o soberano”.

Segundo, Esperança. Lembrei-me de um exemplo* sobre a esperança: Ela é como os raios de sol que podemos ver perpassando uma janela que o olhar não alcança. A fé é crer que aqueles raios são o sol. Ver os raios me dá esperança e alegria, que um dia não só o calor do astro será sentido, mas também o verei. Verei aquele sol que tanto me aquece que devo me abrigar sob um lugar seguro para não sofrer seus danos. Deus é o sol. E felizmente podemos nos abrigar sob a misericórdia desse Deus, revelada no sacrifício do Salvador, seu Filho, Jesus.

Também recordei de uma outra frase:

“O Cristianismo é realista porque diz que, se não há verdade, também não há esperança; e não pode haver verdade sem fundamento adequado.”

(Francis Schaeffer)

Deus sustenta nossa esperança, do contrário, não haveria verdade.  Além disso, nossa esperança só pode estar em Deus, como afirmou o Catecismo de Heidelberg, citado pelo palestrante:

Q.Qual é o seu único consolo na vida e na morte?
R.Que não pertenço a mim mesmo, mas pertenço de corpo e alma, tanto na vida quanto na morte, ao meu fiel Salvador Jesus Cristo. Ele pagou completamente todos os meus pecados com o Seu sangue precioso e libertou-me de todo o domínio do diabo. Ele também me guarda de tal maneira que sem a vontade do meu Pai celeste nem um fio de cabelo pode cair da minha cabeça; na verdade, todas as coisas cooperam para a minha salvação. Por isso, pelo Seu Espírito Santo, Ele também me assegura a vida eterna e faz-me disposto e pronto de coração para viver para Ele de agora em diante.

Terceiro, Amor. Chegamos ao ponto central, ao clímax. Quem amamos? No que acreditamos profundamente? Esse amor, assim como a fé, a esperança e a alegria, precisa ser bem direcionado.

“Quando o amor é um deus, isso vira um demônio”

(C. S. Lewis)

Interessante que o amor verdadeiro não está nos humanos. Temos um tipo de amor quebrado e imperfeito. O amor perfeito está numa realidade superior. Um dos discípulos de Jesus disse: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.” 1 João 4:8-1. Ou seja, Deus, que é amor, concede amor a nós. 

Feito um halo perfeito, a Bíblia também conclui que “No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo não está aperfeiçoado no amor.”1 João 4:18. Não precisamos ter medo se tivermos o amor. E temos, através de Cristo.

Nesse meio tempo, tivemos palestras sobre adoração (Joyce Mello) e santidade missional (Raphael Haeuser). Ficou claro que, para fazermos a vontade de Deus para nós, isso deve ser dedicado na nossa própria vida, dia a dia. 

Mais tarde também tiveram atividades de aventura e um luau bem típico de acampamento. Tudo muito intenso e, embora fossem poucos os dias, passaram devagar. A sensação que me ocorre nesses acampamentos é que o tempo fica menos rápido que o costume. É que dou valor às coisas mais importantes da vida: as amizades, as conversas, a meditação, a leitura. 

Quarto, Alegria. “Felizes são” ou “bem-aventurados”. Nosso querido Ednardo trouxe uma reflexão na leitura do famoso Sermão da Montanha. É uma alegria diferente do que normalmente pensamos, semelhante ao amor. Sermos felizes em sermos sedentos por Deus; em chorarmos; em sermos humildes; querermos ver a justiça sendo cumprida; termos misericórdia; termos pureza; sermos pacificadores. Parece contra-intuitivo; e é. Mas como todas essas coisas vêm de Deus, isso é possível.

Domingo foi a despedida. Antes, conversamos em grupo sobre o que aprendemos naqueles dias. Foram tantas as coisas… Ficou no coração aquela canção “Até outra vez” do Projeto Sola. Espero que venha logo essa próxima vez...

* Esse exemplo é tirado das Institutas de João Calvino

Texto: João Machado
Revisão: Amanda Vanoni